quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

“Cultivar e guardar a criação”



A Campanha da Fraternidade 2017, promovida pela CNBB, tem como Tema:
 “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o Lema: “Cultivar e guardar a criação”

 
A natureza é a extensão de nosso próprio ser, e nós somos a extensão dela.


O ser humano pós-moderno, precisa criar uma nova teia da vida, onde as ligações consigam fazer-se entender que nós somos apenas mais um fio, nesta grande teia. Novos valores, novas estratégias precisam ser criados adequando-se a esta nova crise do planeta onde todos estão sendo afetados diretamente. Pensar uma dinâmica de vida em comunhão com a criação (natureza) é rever, confrontar com o nosso próprio ser e existir. Afinal, que significado teria a vida sem o outro? O outro, em algumas coisas pode ser parecido comigo, em outras coisas poder ser que em nada somos iguais, mas para conviver bem com o outro, precisamos saber que existem as diferenças e nas diferenças, o respeito pela diversidade. Maturana coloca o amor como base do saber viver, esclarecendo que somos seres dependentes do amor para que possamos alcançar a biologia de como saber viver. O amor segundo ele é “o domínio das ações que constituem o outro como um legítimo outro em convivência com o uno” (Maturana, 1999: 46). A vida, a natureza, é com efeito, o bem mais precioso para cada pessoa e também para toda humanidade. Os enormes avanços da ciência tem permitido um aumento na experiência e na qualidade de vida de homens e mulheres em todo o mundo. No entanto, parecem mostrar que nem sempre esses novos conhecimentos científicos – tecnológicos estão sendo utilizados de forma condizente com a dignidade e o valor da pessoa e da vida no planeta. Contraditoriamente, sob o pretexto de buscar um progresso benéfico para a própria humanidade, despreza-se o respeito à natureza. Contudo, o ser humano tem uma natureza social, é chamado a viver em comunidade.

 
                  Tudo está interligado como se fôssemos um, tudo está interligado nesta casa comum.


Para tornar a nossa casa comum (planeta terra) um lugar melhor, é preciso refletir sobre cada pequena ação que perpassa todo nosso modo de ser e agir na convivência com o meio ambiente e com o outro. É muito importante sermos verdadeiros conosco e com os outros. Quantas vezes encontramos pessoas que dizem valorizar a solidariedade e depois verificamos que na sua vida, vivem de forma egocêntrica, apenas se preocupam com o seu próprio bem estar. Um mundo que, ao ser construído coletivamente, será sempre configurado por certo tipo de viver/conviver entre os seres humanos e a natureza.

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