Conhecer a
identidade de um povo não é fácil. Primeiramente, porque identidade não é uma
coisa fixa, é algo dinâmico. Há sempre uma evolução, transformação.
Nesta perspectiva,
tentarei escrever um pouco a dinâmica que caracteriza a vida de alguns povos ribeirinhos
da Amazônia, ritmado pelos rios ou pelas águas. Levando em conta que a natureza
exerce uma influência forte na formação da identidade cultural deste povo. Na
verdade, todas as culturas sofrem essa influência, ou até mesmo, nascem a
partir desta relação. Podemos dizer que, preservar a natureza é preservar a
cultura, o modo de vida. As construções físicas e culturais de um povo fazem
parte do ambiente natural em que ele vive. Por isso, neste contexto amazônico,
os rios estão ligados diretamente na cultura e no ritmo das pessoas,
influenciando o seu modo de viver e agir. Desta convivência, nascem os seus
mitos, histórias e crenças.
Os rios são como que células que pulsam a seiva vital - vida. Deles,
retiram o alimento de cada dia, o rio é a estrada de suas buscas, do seu
encontro, do seu trabalho, da sua alegria, das certezas/incertezas, dificuldades
como também de suas tristezas. Estado de vida que se alternam entre o período das
enchentes dos rios e o tempo de seca. Constata-se
também como um grande desafio, a imensidão da região amazônica aliada as vezes
com algumas dificuldades de locomoção como por exemplo o transporte fluvial que
além de lento, chega às vezes ser bastante caro. Outro aspecto é o isolamento. As distancias, que não são
somente geográficas, mas entre pessoas, pois os lugares onde vivem povoados,
rios, igarapés... estão espalhados pela região, onde o acesso, apesar de toda
modernidade nos tempos atuais, é difícil e lento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário