Nostalgia

 Nostalgia

Hoje é um desses dias,

Que me encontro num vale de nostalgia.

Ela chega de repente e me faz refém

Minha mente encarcerada pelo inconsciente

Torna-se labirinto de pensamentos turbulentos

Até busco motivos para ficar contente

Porém, sinto e admito, os meus sentimentos tristes

 Nostalgia ou melancolia?

Sinceramente, não sei o que me angustia

Saudade que vem da alma

Algo que não se explica

É, sentida na própria vida

Meu humor muda repentinamente

Um total desalento

Revelando sutilmente o meu “eu” descontente

 Quero arrancar de mim esse vestido cinza

E, me vestir de uma infinidade de cores

Quero ser igual as flores

A espalhar suaves aromas pelo ar

Bailar ao som do vento e florescer em qualquer estação

Com colorações vibrantes alegrando o coração

Ao clarão da luz que renasce,

Ao longe, vejo girassóis, a flor do sol

Colorindo com calma os belos traços da alma 

Vou seguindo em frente,

Mesmo com os passos lentos.

Quero realmente me encontrar

E, em mim morar

Com atenção e ternura,

Adentrar no jardim que há dentro de mim

Retirar os espinhos que sequestram as flores do caminho 

Porém, na jornada da vida, flores e espinhos fazem parte do caminho

Diz o ditado popular: “A vida não é um mar de rosas”

Haverá sempre dias cinzas, noites escuras, tempestades e vendavais

No renascimento autentico da consciência.

Saber viver é perceber que os espinhos ferem,

Mas, as flores ficam em cada ação de amor e de bondade,

Na vontade irreprimível de alcançar o céu, de ser e de viver,

Liberta a alma.

Com a força do coração vou seguindo a luz

Dou um passo e entro no compasso

Abro os meus braços e acolho a vida,

Dom sagrado

Eis-me aqui, meu Senhor e Deus

Na sinfonia do amor

Tudo é benção do criador

Vida sagrada

Vida bendita

Vida... 

Sou tudo o que sou

Tudo o que fui

E, tudo o que serei 

Meu “eu nostálgico”, prossegue com as lâmpadas acesas, 

Na busca do encontro com Deus, florescer

E, aflorar na alma os bons sentimentos de paz.